Daqui vejo
As ultimas notícias. Vejo daqui o corriqueiro do momento próspero que o rapaz canta.
As lágrimas postiças derramando e celebrando a doce hora do fim da noite. Mais alto que eu, vejo também aqueles que só olham sem falar nada. E os que vão pra lá e pra cá? Calma pra eles. Pelo menos eu desejo.
Sinto algo amargo. Parece carne defumando. Quase a minha carne. O jeito é sentir calado, pois todos eles não escutam meus gritos diários.
Interessante é viver, pois você acha que vive, mas na verdade vivem por você. Vida doida, amanhã voarei por aí. Eles provavelmente me verão, achando que estou vilipendiando saúde.
“Assim falava um pássaro, essa hora da noite, da sua cama de penas e palhas.”
Sentado em uma mesa no benfica, sozinho, no bar do paraíba, à meia noite, em sete do onze de dois mil e dezenove.