Pra lá e pra cá
Quando falo e penso,
examino o mundo ao redor.
Mas sempre querendo o local, o agora.
Deixo passar todo o resto.
Aquele resto que pode vir noutro tempo.
Naquela hora do outro agora.
O resto que não precisa, praquele momento.
Mas sempre penso no que pode ficar.
Aquele dito que peguei.
E que reluto pra não desapegar.
Talvez seja minha sina.
A de deixar passar.
Seja A ou B.
Pego tudo.
Mas, sabendo deixar ficar/tirar.
O eu se mistura com o ser.
Os dados estão dispersos.
A gente organiza.
E se vai.
Ficando, tirando, pra lá e pra cá.