Poema de quarentena
Essa dúvida que me assola,
nestas noites sombrias.
Diga logo o que vai fazer,
exceto quando não disser nada.
Nesse breve instante,
Penso comigo,
O dia a dia,
Como será.
E vendo o dia passar,
Nessa etapa de vida,
Vejo como se estivesse morrendo,
Em cima da mesa posta.
Gritos e satisfações,
Me fazem olhar para o mundo
E logo enxergar
Que devemos fixar
Um olhar tênue,
De fácil acesso.
Olho ao redor,
E vejo um poço fechado,
Sem bordas, cor, água,
Nem fundo.
Só batidas em cima.
Em baixo. Do lado.
Não há saída.